eu devo isso, não a ninguém, exceto a eu mesmo. talvez eu não consiga sequer dormir em paz essa noite se eu não me deixar levar pelo passado. ainda temos os mesmos olhos que vigiaram ruas vazias em dias intermináveis, mas deixamos pra trás a antiga forma de olhar. poupo me das lamentações, conformado com a idéia de que tudo muda. isso não nos exclue de forma alguma. tenho que ser grato por ter me tornado quem sou, mesmo que por vezes o resultado soe um pouco que desagradável, quem me ajudou a ser quem sou quando bem quis foram vocês. foram todos esses toques, esses olhares, abrimos muitas cervejas, fumamos muito cigarros, rimos de todas as desgraças alheias, sem mais, nem menos.. apenas da maneira que teve que ser. isso me ensinou a amar vocês incondicionalmente, independente de qualquer mudança. e ainda, por um bom tempo, eu não consigo me imaginar completamente feliz longe de cada um de vocês.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
terrible angels
são tempos difíceis pra quem decide sonhar. a época simplesmente não tem nada de propícia. já me adaptei a essa realidade. faltam ainda, as eliminações cruéis das únicas coisas que me destroem, ao mesmo tempo que me alimentam. não restara nada após o fim das mesmas. estou preparado para todas essas ausências que insisto em me guardar. por mais que tudo mude, eu tentarei permanecer o mesmo, aquele que sofri para me tornar. se não sou eu, pelo menos doerá menos. desisti de viver porem decido permanecer vivo. tudo isso me levará a caminhos que vou me arrepender de ter escolhido. também não vou sentir a dor do arrependimento. não vou sentir essas palavras, me livre desses olhares... a pele permanecera intocável, enquanto escondo esses sonhos por debaixo de cobertas quentes, meras memórias de dias frios.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
i was just doing what i was told
senhoras são essas noites, como damas que deitam em véus estelares. falam que faz frio demais. calo e concordo, talvez por não me sentir da mesma maneira. todos parecem por vezes mais inteiros, seus olhos transpõem vidas. me sinto completamente diferente. desaprendi como encher todos esses baldes de emoções, fiz minhas próprias escolhas. pago, sangrando, por elas. eu posso estar me sentindo morto por dentro, mas eu ainda não acabei.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
they carved it up into the world we know
estas manhãs me custaram muito. me tiraram muito, fria e cruelmente. sinto como se toda a atividade dentro de mim tenha parado. congelaram meus oceanos, esfriaram minha prudência. todo o meu eu foi gasto em violentos encontros ao asfalto. me sobraram todas esses superficiais arranhões e mínimas e profundas rachaduras. eu sinto falta de tudo que um dia me fez sorrir ao ser tocado. não espero a cura de nada disso. espero que em um milagre, todos esses universos sejam explodidos. espero que rasguem todas essas palavras. façam sangrar essas palavras sem nenhuma dose de pena. espero ficar pior. meu otimismo já foi alguma peca descartada. e talvez, com a total eliminação dessas realidades, se restar alguma luz no final, há de renascer um novo, livre de todas essas virais impregnações.
sábado, 24 de dezembro de 2011
naive
talvez a solidão tenha aberto meus olhos, mesmo que erroneamente. nada disso foi ao menos notado antes. todas as nossas palavras são repostas por sorrisos sutis, fáceis. a inocência disso tudo escorre pelas mangas da camisa em que insisto dobrar. o mínimo que eu posso tirar disso tudo é a lição de que as coisas aparecem da onde menos se espera que elas possam vir. obrigado, pequena estranha e inesperada amiga, por ter me lembrado de como eu me sentia antes de ser um pouco tarde demais.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
crush down fury red
enquanto me desprendo desses desapontamentos, sinto que tudo o que um dia cheguei a sentir escoa pelos meus dedos, ameaçando ofuscar. seria ingênuo de minha parte simplesmente assumir que tudo isso algum dia fugirá de mim. sinto os choques que esse dia me faria sentir. é muito tarde pra levantar. já estou atrasado de qualquer maneira. permanecerei onde estou.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
when you conquer anxiety
as pupilas demoraram a voltar ao normal, como tudo demorou, depois da minha visita a um banheiro quente imerso numa atmosfera escura, chamada de passado. esses cultivos me retomam sem aparente razão. eu sinto falta de quando não havia nenhuma espécie de medo. ainda me sinto despedaçado. meus pulmões gritam abstinência com o passar de cada hora, mas o que realmente sente-se falta em mim está perdido nas entranhas do estranho mundo paralelo que criei. irrecuperável. eu só queria poder ter me sentido como eu mesmo mais uma vez.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
haven't had a dream in a long time
naquele segundo em que eu sabia que antes mesmo de saber o que viria de fato a ser, eu ja havia me prometido que nada realmente importaria. independente de quem fosse, ou de onde viesse, teria vindo no momento certo. e eu entregaria tudo sem ao menos olhar pra trás. entreguei todo o meu esplendor no mais remoto momento. quando as faces realmente se revelaram, um leque de imagens se abriu em minha mente. metralhando a cabeça com todas as cenas, sem nenhuma pena do que viria acontecer. me fez sorrir, mas nao da mesma forma. me fez sorrir como deixei de sorrir em muito tempo. e no remoto passar das horas, me ocorreu o simples e concluso pensamento de que valeria a pena tentar.
i am a capsule of energy
me arrasto com pernas cansadas alguns minutos após acordar. tudo parece se repetir: todos os dias. minhas palavras silenciam diante de todas as mudanças imperceptíveis. corre ar por minhas veias, embaladas por todas as brisas que compartilhamos sentados em meio a terríveis ventanias. abraçaram-nos em todos as fases anteriores. talvez isso seja um alarme. o corpo não reage nunca, por simplesmente estar atado a uma cadeira, a uma janela, a um momento, e a tantas outras coisas fortemente quebradiças. ando na linha tênue desses contrastes. há quem diga que viver sem dor não é viver. mas quando a dor da vida se mistura com a dor que é viver, a visão embaça demais e o ciclo todo se repete.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
just get on with it †
não me coube toda essa madrugada. me escaparam alguns violentos pensamentos pela brecha da janela que insisto nao abrir. existe um mundo fora daqui, no qual você pertence. essas paredes incubam somente eu, dotado de inúmeras inexistências. tudo sempre girou dentro de pequenos espaços que insisti, ilusoriamente, em criar. talvez nada alem do que senti tenha realmente existido. essas conclusões me levam a quebrar todos esses vidros que delimitaram teus diversos aspectos. hesito, porem, ao lembrar que pequenas faíscas ainda estralam pelas minhas veias quando me permito a lembrar do que tivemos. nada disso nunca foi exato, e talvez o meu primeiro erro tenha sido ser especifico demais. eu estou deixando esses tornados que criei para trás. faço tudo para preservar a sanidade, mas por debaixo de todas essas camadas, nada desperta nenhum interesse em fazê-lo. por favor me impeça antes que seja tarde demais.
i'm dropping my anchor
pintaram meus pulsos de cores frias sem antes me consultar. as ondas nas quais me referi pouco tempo atras parecem retornar sem escrúpulos, desrespeitando tudo o que foi por você quebrado a muito tempo atras. entendo que existam coisas mais importantes a serem resolvidas. quando as portas desses trens fecharem, eu queria restar cônscio na plataforma, lúcido dos fatos de que nada voltaria atras. partem cabeças aliviadas, deixando tudo pra trás, enquanto resta a minha, impregnada de todas as poluições que tudo isso me trouxe. o sádico da historia toda foi sempre eu.
domingo, 18 de dezembro de 2011
dry and dusty
minha mente flutuante cedeu a gravidade. encontrou a realidade em duros e repentinos baques. algum prazo ja foi estabelecido para decidir? tudo ficou impar. pintaram o sol de cinza sem nenhum aviso prévio. a noção me invadiu em alguns memoráveis segundos: no exato momento em que me permiti esvaziar. vieram como socos no estômago. sinto a pele arroxeada só agora. todas essas marcas se revelam discretas quando estou sozinho. nao sei se isso precedeu o fim de qualquer coisa. mas se sim, eu mal desapeguei, mas ja sinto falta de sonhar.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
can't believe i'm leaving
quebrei todos os olhares, descartando todas as possibilidades. nada me faria mudar de idéia. chego a me perguntar se era ali onde eu pertencia. ainda sinto falta de pequenos afagos momentos antes de eu partir, e de simplórias recepções quando cheguei cedo demais. se nós não existimos, talvez eu não pertença a lugar algum, onde nada é nosso, e tudo pra mim não chega a ser mais do que eu teria. todas as expectativas seriam ignoradas, cumpridas ou não. todas essas noites me trazem todas as coisas que devo esquecer. todos os meus pensamentos estão impregnados de uma só coisa. o que eu queria de natal era ser feliz.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
i knock on your skin
tento trabalhar esses pensamentos em total isolamento. mas a mente foge do objetivo quando menos espero: transpiro o seu transpirar. se as mudanças já vieram tão bruscas tanto tempo antes, as esperanças de que dessa vez as coisas permaneçam imutáveis são quase nulas. eu sinto falta de poder vagar livremente sem qualquer lembrança de ninguém. fiquei preso a todos esses momentos. esgotei toda a minha reserva de tentativas. nada funciona. se eu cheguei a pensar que seria só mais um acontecimento, me enganei completamente. dessa vez tudo se sucedeu das mais diferentes formas, gostos, cheiros. a minha língua sente falta de arder aos gostos que você me apresentou. cada parte de mim se resguarda, totalmente perdida, em quaisquer atmosferas embaladas por quaisquer motivos que me façam sentir falta de você.
wavves
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
tell me about her
se tudo que perguntei não foi devidamente respondido, talvez tais perguntas tenham vindo sem resposta afim de traçar algum propósito. joguei todas as facas no ar esperando ser mutilado. teria sido melhor se sua bondade fosse resguardada enquanto eu implorava pela aniquilação dessas pesadas nuvens. peço que fale do futuro mais uma vez: mesmo não sabendo, o andamento desses eventos foram deixados por mim assim que decidi parar de construir planos tortos. me deixe no único lugar onde quero estar: em lugar algum. me deixe nas posições nas quais me auto-rotulo, indigno de quaisquer explicações. estou salgando essas feridas, preparando-as para um futuro próximo. não há nada que me aterrorize mais do que o pensamento de ficar sozinho mais uma vez. eu já consigo pressentir o que virá. satisfaça todas as minhas fracas vontades de ouvir exatamente o que prevejo agora enquanto sentamos numa mesa discutindo o presente cinco anos a frente de agora. talvez somente naquele momento, enquanto o café esfria, eu poderei dizer que tudo isso nunca valeu a pena.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
i miss me
desatei todos os complicados laços que selavam caixas com embrulhos em cores quentes. arruinei todas as surpresas em súbitos segundos nos quais fui somente movido pelo instinto de mim para eu mesmo. me pergunto quantas cenas seriam quebradas se fossem todas regidas por mim. mudei a direção de todas as nuvens nesse amanhecer. talvez a delicada superfície que criei escondesse um milhão de acontecimentos. isso nunca foi sobre mim. arrisco-me dizer que talvez tenha sido por todos os meus vícios, descontrolando a palma das mãos nos momentos mais inconvenientes. o quebra-cabeça do principio disso tudo ja foi montado. resta esperar quais as peças restarão no fim.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
honey or tar
as paredes descascavam tinta quando minha mente engatou em memórias que jamais aconteceram. eu só queria que estivéssemos juntos agora. atrelado a você, eu diria coisas que eu jamais disse a ninguém, e suaria com o teu suor num cômodo extremamente quente. nossa vida seria como uma musica que eu nunca cansaria de ouvir. eu chegaria do trabalho e você estaria dormindo no sofá. e combatendo todos os meus instintos, eu não te acordaria. e faria dessas noites ao seu lado amostras rotineiras de uma felicidade que sequer terei. o cafe já estaria pronto quando você acordasse, ainda me envolvendo por trás, como eu imaginei da primeira vez. você me contaria do seu dia, e eu diria que o meu não importava. como nada importaria, se tudo fosse exatamente como eu sempre quis, e como eu sempre hei de querer...
domingo, 11 de dezembro de 2011
can you hear me?
não havia absolutamente errado naquela noite amena. toda a paisagem invadiu a varanda quando me permiti tentar esquecer tudo que já me havia acontecido. a onda de tristeza recuou, sutil, deixando um pouco de espaço para a mente disparar em cores brancas, defensivas. ao ver o brilho da lua se afastando, eu simplesmente sabia que tudo retornaria minutos depois. estiquei meus pulsos contra o vento, como quem cede a inércia depois de ter sido arrastado a todos esses fins ao terminar de trilhar caminhos que foram por mim escolhidos. nada dentro de possibilidade alguma mudaria essa perda de mim. permaneço remanescendo sujeito ao ir e vir desses momentos de recuo ilusório do que transborda em mim. não existe nada aqui que realmente valha a pena lutar contra: tudo já foi estabelecido em seu devido e errado lugar.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
now's the only time i know
estranho quando o destino parece conspirar contra as suas decisões. foram todas atrasadas, lamentavelmente fortes e passageiras. tudo sempre foi uma questão de coragem (particularmente evitável desde que nasci), atrasando ponteiros de relógios cortantes. vendo por esse lado, foi tudo tristemente desperdiçado. talvez seja tarde demais. tudo me diz que sim.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
oh boy, where have i put my keys?
sinto como se um milhão de meteoros houvessem caído sob meus braços. todas essas horas foram inundadas com amostras sutis de dor, onde o acaso me faz mera vitima. talvez eu chegue a chamar isso de saudade. existem mundos de revelações por trás do meu olhar, que não foram criadas sem mais nem menos de uma hora para a outra. fazem menções honrosas a todos aqueles momentos, que ecoam cenas em minha mente quando eu a deixo vazia. sou uma grande fabrica de macetes facilitadores que serão postumamente usados por ninguém mais que eu mesmo, querendo negar a existência de tudo isso.
no-love hex
me vejo envolto entre duas ventanias distintas. uma fria brisa fraca ameaçadora alarma a chegada do verão. nossos botões já deixaram de funcionar muito tempo atrás. já não me resta duvida alguma de que tudo aquilo teve fim. dói viver de memórias à muito vazias. esses mares já me engoliram inteiro, de ponta a ponta. tive que deixa-los tranqüilos, como você uma vez pediu. já fiz tudo o que me foi orientado. olhando para trás, só queria ter te orientado da mesma maneira, preparando pulsos a se desapegarem. você tem razão, nada é como antes. e se hesitei em mentir, peco desculpas.. não posso ser arrastado por essas velhas marés como fui uma vez quando, aparentemente não se havia nada a perder.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
don't change a thing
foram essas as escolhas que eu fiz. cabe a mim lidar com todos os desenrolares, por mais difíceis que sejam.. ainda acabam sendo perpetuamente meus. verdade seja dita, nenhum caminho escolhido seria fácil. vou dormir pedindo que houvesse algum sinal repentino de que tudo isso esteja valendo a pena. porque se estiver, algo adormece por trás da fumaça, me impedindo de ao menos vê-lo. nada disso nunca foi culpa sua, então, por mais que a historia continue se estendendo em capítulos dolorosos, nunca chegue a se culpar. e enquanto a mim, mesmo que seja mais complicado dessa maneira, deve ter chego a hora de ir ao fundo disso tudo, onde o que diz respeito a mim, mesmo que não pareça, diz respeito a mim e nada mais.
domingo, 4 de dezembro de 2011
unattached
a cama chegou a se mover. ja era tarde demais quando eu me dei conta que o sol já havia sumido no horizonte. meus olhos ficaram presos ao magnetismo entre nós. minha mente não alarmou sua chegada. talvez tenha sido porque você realmente não chegou. e eu esperei, eu esperei demais. esperei por algo que nunca vai acontecer, e só dói agora, só dói a noite, quando as feridas presas na memória começam a arder, me prevenindo de outra noite de sonhos cruéis. você pode não saber, mas por mais que machuque agora, o dia todo foi a respeito de você.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
scars
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
dreaming seamless dreams
se eu pudesse pedir qualquer coisa agora, pediria o esquecimento. esquecimento de memórias que rasgam a sanidade com facas afiadas, transbordando tudo o que mantive envolto em grossas camadas, para que a presença nunca fosse notada. por ora, estive morto por dentro. estou completamente pasmo de como inacreditáveis segundos arruinariam pequenas felicidades, afundando-as em distancias. fui atingido por tiros de incapacidade, sangrando todo o meu zelo. nenhum raio de sol vai irradiar em minhas atmosferas, totalmente infectadas por noites em que sequer haviam estrelas. e se haviam, estavam apenas cobertas pela eterna e turva camada de mentes frágeis como a minha.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
it's in our hands
me pergunto o que você diria, mesmo vivendo dentro da minha cabeça. ninguém pode nos rastrear de tão longe. nossos pulsos são fundos demais para que qualquer barulho fosse percebido. talvez eu acabe indo embora antes, se nada disso realmente der certo. não importa quanto eu tento mascarar, dentro de mim existem mundos de desapontamentos. acabo sendo uma grande sala de espera de mim mesmo. as horas espalham gases que me fazem alternar faces, onde pisco impacientemente e outrora mergulho em felicidade. esses gostos superficiais não me satisfazem mais. talvez seja hora de ser sincero com o que existe em mim. por mais que as ilusões afaguem as pálpebras induzindo o sono, existe no fundo, fisgado em mim, a noção de que esta na hora de acordar antes que seja tarde demais. e será tarde demais, assim que o sol imergir no horizonte, quando as nuvens pararem de girar anunciando a súbita morte do meu eterno cultivo de sonhos.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
i'm so high, gonna pump it up
essa semana vai parecer um completo arrastar de acontecimentos fantásticos. nada mais justo, quando não se tem mais tempo. são esses pequenos momentos que me derretem em felicidade. tenho medo dos dedos começarem a tremer. a mente não dorme, por mais que eu sonhe de olhos fechados, disparei todos os meus alarmes, ajustei todos os meus relógios. se não for épica, que seja a semana em que eu poderia me jogar de um penhasco e cair sorrindo.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
my host is you
anseio dormir, dessa vez. anseio sonhar pra que o tempo passe mais rápido, e eu encontre vagamente olhares calmos, penetrantes. anseio ouvir palavras que desenrolam no ar, prendendo minhas costas, meus olhos, meus atos. ja sinto falta disso. sinto falta das promessas doces que esticaram as horas onde estive só. se um dia cheguei a negar que isso era amor, talvez eu estivesse tentando me enganar.
domingo, 27 de novembro de 2011
let's just see how it goes
ando meio entorpecido pelos fogos que estouraram na ultima sexta-feira. foram todos paralisados logo em seguida, e absorvidos pela pele, pelos olhos, pelos braços. fixaram seus extraordinários efeitos com o passar das horas. são temporários, mas isso não os faz inválidos ou desprezíveis. já nadei por todos esses doces oceanos. só me resta esperar ser levado de volta pela maré.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
to take on the world
quem construiu essas paredes que me impedem, prendem, sufocam? não era pra nada nunca ter sido assim. e eu posso indeterminar de onde vem, mas isso não reduz a dor que arde por todos os cantos. acho que agora já é muito tarde pra desistir, como tentei desistir antes. eu só.. não consigo mais viver comigo. não consigo mais viver assim. caio rápido demais. espero fatalidades. minha vida virou um grande arrastar-se de canto a canto, e eu já não posso combater minha natureza de disfarces. transparece em qualquer olhar que encontra o meu, mesmo que eu o desvie quando notam que ha algo de errado. tire tudo isso de mim como tentei tirar mais uma vez. desafie-me a imergir e prender a respiração. talvez eu não volte a superfície nunca mais.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
washing everything away
não vim aqui dessa vez pra reclamar o quanto eu estou cansado. vim declarar que decidi me tornar inóspito, congelado, vazio. isso não muda nada para ninguém. eu só estou com muito medo de dormir sem sequer ouvir quaisquer palavras confortantes. não vou busca-las, e elas não virão. eu não queria estar aqui agora, depois de ter presenciado como a realidade cruel consegue esmagar um sonho bom assim que eu abro os olhos. não quero sonhar essa noite. não quero sonhar com nada mais. queria poder fechar os olhos com a certeza de que qualquer coisa que eu possa vir a ver, não tenha nada de você. queria parar nossos desencontros. nunca vou conseguir nada disso, porque nada disso sequer existe pra ninguém além de mim.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
pass the time away
terça-feira, 22 de novembro de 2011
it's us
frustre-me como eu me frustro. senão, faça melhor. faça como eu imagino todas as noites antes de dormir, ou quando acordo, até mesmo cumpra as promessas que eu me prometo o dia inteiro. não façamos nada a respeito. desisto, mas desisto se minhas mãos se atem da maneira que eu espero que elas se atem: em suas costas. nunca vou recomeçar a viver dessa maneira, mas o não viver acaba não me soando como a pior alternativa, quando a mente cria sonhos tão doces, devotados. nunca vou chamar isso de amor. amor é real, e o que sinto é mero sonho. sonho escandalosamente baixo. e isso não pertence a ninguém além de mim, além de você, isso não pertence a ninguém além de nós, e nossas irreais peles e matérias, que sequer existem, mas contrastam na minha mente o tempo todo.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
it's three in the morning
nao cedi ainda. nao fechei os olhos e tentei dormir. isso seria muito fraco da minha parte, sabendo que se ha tanto a ser feito. a coragem nao passa dos pes da minha cama, mas nao é por isso que eu deixei tudo pra trás. nao ainda. o que me aterroriza agora, é nao ter certeza de conseguir caminhar para frente se mais qualquer coisa vier a acontecer.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
cosmogony
e as vezes a gente re-aprende que nao se deve esperar nada de ninguém. re-pintamos todos os nossos quadros de cores frias, e atmosferas cinzas, que cercam uma casa de gelo. eu consegui, se essa for a resposta própria para a pergunta que você se quer fez. continuo lutando com essas faces e atrasando prazos. é impossível me virar assim. perdi a conta de quantos jogos estou jogando, de quantas vezes tenho que alternar entre tabuleiros, hibernando dados, congelando olhares. eu só queria desfrutar de alguma felicidade duradoura, e afirmar sem hesitar. isso nunca foi uma opcao. mas nao chame de hipocrisia, egoísmo, falta.. nao da minha parte. porque se eu pudesse, gritava a verdade para o mundo todo e sussurraria em seus ouvidos, pulando a parte da reação, que particularmente, me impede de fazer tudo isso.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
boy afraid
ja tive que fazer escolhas como essa antes. errei todas. porem, nunca fui colocado em uma repentina prova de fogo como essa. pensar rápido sempre foi catastrófico da minha parte. essa maré de acontecimentos que se aproxima promete, sem duvida nenhuma, derrubar tudo que cultivei nesses últimos meses. mais uma vez, as questões de tempo injetam melancolia na pior parte desse ciclo vicioso. viver, sonhar, quebrar. isso tudo já me desgastou de uma maneira terrível. cansei de cometer os mesmos erros, de cobranças, caos, desespero, vergonha e esconderijos. cansei de correr contra o relógio. cansei de ser eu. não quero ser mais ninguém.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
i'm not down
acho que consegui extrair a felicidade implícita nesses dias imersos em rotina, e consegui praticamente sozinho. reencontrei o rei da minha própria atmosfera, depois de tê-lo perdido a tanto tempo. me encho de distrações simplórias e cheias de significado. murmuro musicas enquanto trabalho, sorrio quando algumas lembranças ecoam em minha mente. eu estou bem, completamente recuperado. e posso ficar aqui isolado na minha bolha impenetrável de egoísmo por quanto tempo eu quiser.
sábado, 12 de novembro de 2011
living in technicolor
por onde andaram todas essas sombras antes de eu sequer me lembrar que elas existiam? por mais improvável que pareça, dessa vez sequer hesitei em me preocupar. talvez seja o viver avulso que tenha me impedido dessa vez. é difícil assumir que os dias se arrastam até o fim iminente. minha vida virou um grande não sei. não sei se vou, se fico, se anseio. tenho esses pequenos problemas resolvidos quando durmo, distraio. acabo cansando de ficar maquiando essas crateras. que elas se tornem mais fundas como ameaçam se tornar. quem sabe isso me desperta pra tomar qualquer decisão que não seja essa.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
the fog rose high (and i close my eyes)
por mais que eu evite, algumas pessoas permanecem nas bordas, esperando desvios à espreita. eu ja cansei de tudo isso. queria desistir de todos esses jogos adolescentes sem conseqüências. nada disso nos levará a lugar algum. e nao lamento por permanecer sozinho, muito pelo contrario. é libertadoramente confortável. assustadoramente cômodo. permaneço no topo dessa montanha de lixo, jogando fora o que me incomoda, zelando pelo nada e sendo assim, zelando pelo que quero e tenho por direito: nada e nada mais.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
some boys tend to act like queens
queria alguma explicação convincente pra essa surpreendente onda de fúria. talvez sejam os olhos cansados que afastaram o que um dia tive, ou talvez foram esses mesmos olhos que acordaram de sonhos que pareceriam durar para sempre. talvez estivessem obscuros, ocultando desejos quebrados e uma serie de medos por trás da íris. podem ter se enfurecido por nao conseguirem transparecer. queria nunca mais ter que abrir a porta do meu quarto pra sair de novo. se eu pudesse escolher, nunca mais sairia daqui. nenhuma revolta seria esperada. mas antes de sair, me lembro de desatar alguns tendões e crenças que pareciam ser parte de mim.
domingo, 6 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
black balloon
cansei desses jogos. perdão pelo repentino uso da palavra, mas a única coisa que consigo sentir agora é como se eu fosse descartável. útil as vezes, porem nao sempre. nao sei se alguém ja chegou a te contar que eu também tenho sentimentos. e é difícil reconhecer que eu seja realmente uma pessoa em meio ao seu egoísmo. se você chegou a pensar que um dia eu estivesse interessado no que você tinha, desculpa ter te dado essa impressão. alguma coisa me trava mesmo estando metros distantes. vale a pena percorre-los para quando voltar ser considerado mais uma peça fantasmagórica imersa na sua interminável falta de ética e consideração? so te penso pra pensar em jogar limpo mais uma vez. quando você decidir, favor comunicar-me.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
rill rill
quantas foram as vezes que nos encontramos mesmo? me lembro de ter te visto fazendo sombra em um cômodo de azulejos cinzas, contrastando com a luz que incidia sobre nos vinda da janela quebrada. te vi em outra tarde sombria, onde pintaram tudo de amarelo. corremos a rua como se ninguém soubesse que estávamos mentindo metros e segundos atras. isso sem dizer quando tentei disfarçar sua presença olhando pra baixo numa sala cheia de velhas, duas vezes. o que nos reuniu incertamente tantas vezes foram puros acidentes do destino. quando arriscar olhar em seus olhos era uma tarefa desafiadora e sem conseqüências, antes de ter ficado mentalmente perigoso. as notas soavam tao mais encorpadas, úteis. passam pelos meus ouvidos hoje como se nao fossem digna de atenção. apesar de todos nossos trágicos conflitos, nao posso jogar o passado em uma lata de lixo (como uma vez fiz), e deixar de assumir que ter vivido todos aqueles momentos foi um deleite. mas todo bom festeiro sabe exatamente quando é a hora de ir embora.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
i'm all lost in the supermarket
todos os nossos inícios, meios e fins foram diferentes. foram métodos e costumes diferentes, que de vez em quando entram em conflito. nao me critique por levar as coisas da forma que levo, mas acho que esse pedido seja um pouco invalido, pois quando se olha do outro lado do tabuleiro, eu jogo da mesma maneira: julgando. julgando escolhas, preocupações, falas.. nao somos iguais, mas ha momentos em que a diferença se torna insuportável. vendo pelo meu lado, talvez possa soar um pouco mais complicado do que realmente seja. mas quem foi que disse que o passatempo preferido de meio mundo nao era me rebaixar? o problema agora, por mais improvável que seja, é todo meu. cabe a minha mente ilusória acalmar explosivos que se agitam em cantos da nossa sala, ameaçando destroçar tudo o que acreditamos com palavras rápidas e cruéis, caóticas. talvez seja a hora de retirar esses olhares que insistem pousar em meus ombros. eu sempre fui assim, e eu nunca precisei mudar nada, por ninguém. do que adianta eliminar criticas quando no quintal ao lado se plantam outras muito mais venenosas?
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
i'm not down
nao me vejo mais no meio de tantas peles suadas e confusas, lutando por qualquer gota que resta em qualquer garrafa em vista. meus dias confusos se foram, digo que ate que um pouco cedo demais. pode chamar de medo, ou qualquer outra coisa que me caracterize como fraco. eu nao vou discordar, porque afinal, se o meu antigo eu me olhasse agora, era justamente isso que ele iria dizer. criei maus hábitos, mas as soluções nao se encontram em copos cheios. lutar por isso é totalmente dispensável, acredite, eu já tentei todas essas fáceis alternativas de escapar. são da mesma maneira que vem, acabam indo fácil do mesmo jeito. isso nao é uma critica a quem ainda vaga por essas paisagens. mas eu, ter saudades? ainda nao tenho condições pra responder.
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