quantas foram as vezes que nos encontramos mesmo? me lembro de ter te visto fazendo sombra em um cômodo de azulejos cinzas, contrastando com a luz que incidia sobre nos vinda da janela quebrada. te vi em outra tarde sombria, onde pintaram tudo de amarelo. corremos a rua como se ninguém soubesse que estávamos mentindo metros e segundos atras. isso sem dizer quando tentei disfarçar sua presença olhando pra baixo numa sala cheia de velhas, duas vezes. o que nos reuniu incertamente tantas vezes foram puros acidentes do destino. quando arriscar olhar em seus olhos era uma tarefa desafiadora e sem conseqüências, antes de ter ficado mentalmente perigoso. as notas soavam tao mais encorpadas, úteis. passam pelos meus ouvidos hoje como se nao fossem digna de atenção. apesar de todos nossos trágicos conflitos, nao posso jogar o passado em uma lata de lixo (como uma vez fiz), e deixar de assumir que ter vivido todos aqueles momentos foi um deleite. mas todo bom festeiro sabe exatamente quando é a hora de ir embora.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
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