não havia absolutamente errado naquela noite amena. toda a paisagem invadiu a varanda quando me permiti tentar esquecer tudo que já me havia acontecido. a onda de tristeza recuou, sutil, deixando um pouco de espaço para a mente disparar em cores brancas, defensivas. ao ver o brilho da lua se afastando, eu simplesmente sabia que tudo retornaria minutos depois. estiquei meus pulsos contra o vento, como quem cede a inércia depois de ter sido arrastado a todos esses fins ao terminar de trilhar caminhos que foram por mim escolhidos. nada dentro de possibilidade alguma mudaria essa perda de mim. permaneço remanescendo sujeito ao ir e vir desses momentos de recuo ilusório do que transborda em mim. não existe nada aqui que realmente valha a pena lutar contra: tudo já foi estabelecido em seu devido e errado lugar.
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