as chamas estralam devagar abrindo um caminho vermelho por entre o escuro. não consigo me lembrar se você disse que ia voltar. as cores são novas. reinventam-se. você ri, e eu perco o senso. caio pra trás, tudo começa a se mover devagar. o vento faz as cortinas oscilarem, sua mão deita na minha. mergulho inseguro na inconsciência, os olhos fecham, bocejo duas vezes. não vejo mais nada, mas sinto seus braços passarem nas minhas costas, me trazendo pra perto, não me deixando só. talvez tenha sido só um sonho, a casa parecia antiga demais. as coisas acabam ficando mais fáceis quando você tem braços que te envolvem te impedindo de cair, de se machucar. acordo dando um soco no ar, e repito o movimento quase que inconscientemente por mais duas vezes. volto ao meu sono exausto, exasperado. sem me dar conta de que os braços que me envolviam e a voz que embalou o meu sono não estavam mais ali.
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