nada resta em mim. aliás, resta pouco. insistem em ameaçar a existência do que me resta, mas o que será de mim depois? penso nos olhos se afastando devagar, não deixando mais nada pra trás. nada nunca mais será igual se partirem. não sei mais o que sou. alguma coisa me faz odiar tudo. continuam me dizendo que tudo está bem e eu paro no tempo, me perco no espaço. coisas que não se movem pra mim giram, a visão embaça e eu desisto de tentar ver. desisto de tentar lembrar, desisto de procurar, desisto. o que me alimenta agora é arriscado, arisco e raro demais.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
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