a veia atravessada parece por vezes aberta quando eu estico totalmente os braços. crava uma faca na dor profunda, meus olhos se contraem. queria ter podido ver o ônibus partir, exatamente como eu faria alguns anos atrás. alguma coisa me faz odiar tudo, com raras exceções. as ondas parecem calmas e convidativas na insanidade que ameaça minha mente. atrelo meus dedos a novas mãos, tive que acabar soltando outras. não sei se foram salvas, não vejo os olhos ou ouço as vozes quando tento lembrar. os vejo nos meus sonhos por vezes, mas minha memória os apaga antes que eu acorde e consiga me lembrar das cenas que deixei pra trás. encontro novos abrigos escondidos por trás de uma colina quase que inexplorada, pois poluiram o asfalto da pista de caminhada. devo minha vida àqueles que ousaram me resgatar e me manter em conserva até terem absoluta certeza de que o que vai além da minha janela jamais encontre a sua.
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