segunda-feira, 19 de abril de 2010

this just can't go on anymore

algo impede que as coisas se desdobrem da maneira que elas deveriam. algo para tudo, e eu incrédulo posto-me de mãos frias, vulnerável e incapaz. sozinho, as palmas das minhas duas mãos apoiam-se lateralmente em mim mesmo, e viram-se abertas para sempre, para frente. meus olhos não conseguem desgrudar do chão. a sensação de incapacidade de definir tudo o que acontece me atinge em cheio nas costas, no peito - sobe pela palma da mão e inativa o cérebro perplexo, confuso. "não quero mais dar um passo antes de descobrir tudo isso"
mas de repente, a realidade me puxa pra trás, e me mergulha o olhar no céu se pondo e eu a caminho da escola, vendo tudo em cubos pelo vidro da van.
não há tempo suficiente pra se definir tudo, ou sequer entender as coisas no meio de toda essa confusão.
as pessoas ainda remanescem bloqueando o caminho na rua da escola, jovens. nós continuamos de saco-cheio. alguns parecem alternar entre si as fases de sorrisos - ou sua própria ausência. continuamos não sabendo quem somos.
e eu, incógnito, continuo andando por que é simplesmente isso que se tem de fazer.
e a vida continua funcionando, resguardando todo seu mistério - seu infinito enigma.
o mundo não muda. talvez seja assim que tem que ser.

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