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você afirma. eu finjo indiferença defrente a sua constante reafirmação dos fatos. não que eles doam - eles só vieram cedo demais. mas qual seria a hora ideal se não essa? daqui dias, meses, anos? não posso afirmar nada com plena certeza. me disseram que agora não era uma boa hora. mesmo assim, joguei algumas palavras pra serem mastigadas e algumas no ar - completamente aterrorizado pelo desconhecido efeito colateral que elas poderiam vir a provocar em você. porém, minha preocupação foi em vão. a coisa se espalhou na sua veia anestesiando toda a realidade ao mesmo tempo em que a expunha - e você tragava incansavelmente a nuvem de palavras que pairava sobre mim. sinto que tudo isso somou segundos.. ou ainda continua batucando sua cabeça, instigando-a a querer mais. mais verbos, mais artigos, mais substantivos, mais explicações. devo dizer que dessa teoria eu particularmente duvido. o conjunto dos fatos que já presenciei me leva a pensar isso. pensas que eu esqueço do seu completo pacifismo para com as coisas anormais que surgem em nossas vidas? não esqueço. na verdade, os venero. por fazerem você passar por tudo forte - por fora. por dentro, são incertezas que você nunca vai me deixar tocar. não julgo sua decisão. talvez seja melhor assim. mas me diz que meus conscernimentos que me levaram a hesitar estavam todos errados, só diga isso - e não diga nada mais.
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