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descendo pela grama, envolto no verde, te perco de vista. vejo seu cabelo, e o movimento da sua roupa, impulsionado pelo vento. você ri, e me chama pra te procurar. com o sol acima de nós, o céu azul, não hesito em mergulhar no seu jogo. não penso duas vezes em sair correndo te procurando, rindo. nada foi previamente planejado. nem o seu jogo, nem essa tarde no sol, nem nós dois. tudo aconteceu como se estivesse sempre destinado a acontecer. parecemos acostumados com tudo isso, como se em outras vidas estivessemos juntos, ou como se o eterno retorno (que diz que as coisas sempre voltam a acontecer) não fosse um mistério, e sim uma plena verdade.
jogo meu amor no ar, e meus braços em você, te trazendo pra mim. a grama e a terra - macias, amortecem nossa queda. no chão, eu olho nos seus olhos, e você olha profundamente nos meus.
a nuvem azul corre o céu e o momento permanece imóvel, imortalizado em uma lembrança irreal.
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