partiram antes que eu terminasse o que eu comecei a falar. minha vida chegou ao ápice de seu propósito: as músicas que eu quero não tocam mais, minhas ligações não são atendidas. meus amigos estão correndo em carros por aí, pegando os ônibus errados, enfurnando-se em quartos, e após consertar suas máquinas eu fico aqui de mãos sujas, entregues, vazias, esperando a hora de ir embora. em todos os setores da minha vida as coisas findam sem nenhuma gratidão. tenho que me virar com o resto de sorte que me sobra. cansei de espiar da superfície. não espero que ninguém me resgate. mas por favor, me mande alguém que encha meus pulmões de água de uma vez por todas. alguém que abra meu supercílio e tinja a água de vermelho. essa é a única maneira de me fazer renascer em qualquer outro lugar. estou sozinho um pouco que demais. quebre meus ossos nos finais dessas palavras. levem tudo que eu tenho. eu me rendo. eu imploro. eu não estou pedindo mudanças. eu imploro pra que qualquer fim chegue disparando todas as balas contra o meu peito o mais rápido demais. vocês já usaram tudo o que precisaram. eu já apodreci e talvez seja hora de ir embora. cansei de chorar. atenda o telefone pra que eu possa dizer adeus.
domingo, 14 de outubro de 2012
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