termine com as minhas terminações nervosas como você terminou com todo o resto, sem hesitar, sem repensar - apenas destruindo tudo ao ser completamente inflexível, enquanto eu remoía, inocentemente, as cinzas que restaram de nós. sequer sei onde você está, com quem está, como está. quebrei ao meio todas as suas formas de me punir ao me livrar da algema de suas inexplicáveis privações, segundos depois de ceder a última delas: aquela que você instituiu me obrigando a não me importar mais. nunca ninguém havia me dado alguma anestesia. mesmo com o cérebro lavado depois da absorção de respostas que retrucavam às perguntas que você quer entendia, me agarro nas últimas quinas da minha razão e só assim a mente me ocorre ao fato de que, a melhor maneira de me fazer esquecer é me rasgar ao cru, na pele. afaste-se de mim com as suas tentativas de me amenizar da dor. não me prive de algo que é meu só porque você não aguentou. deixe-me vomitar sob o meu par de tênis, banhando-os em coragem. não se preocupe, eu vou conseguir voltar pra casa, mesmo agonizando por a princípio estar a cada metro mais longe de você. não ao sei ao certo se o nome disso é orgulho, mas de qualquer forma, esse é o combustível que irriga as minhas veias e me prova de que eu fui dignamente, um homem leal. e no final, nada me importará mais do que saber disso.
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