sábado, 20 de outubro de 2012

regardless

deixe anoitecer.
deixe que as coisas se corroam sozinhas, misturadas em mesas e copos frios, movimentados por mãos frias, e mentes frias.   construo histórias de corações que morrem em portarias, derrotados pelas horas. cancelei as últimas chamadas pra degustar sem culpa nenhuma das últimas nuvens do crepúsculo, longe demais. tudo está longe demais. apago as luzes uma a uma, e marcho em direção a porta. eu sei que vou hesitar sob o rodapé.
mas deixe-me anoitecer.
só mais uma vez.

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