domingo, 14 de novembro de 2010

my lazy blood

talvez você poderia me encontrar ali perto do campo de futebol. agora mesmo, era o que eu mais queria. queria poder dizer o adeus que você espera, sem interrupções. tudo foge rápido. e eu me lembro quando o sol nasceu e eu tive que partir. algumas coisas são impossíveis de se entender, são incompreensíveis a minha jovem mente, e acho que o mesmo acontece com você. queria que alguém respondesse quando eu chamasse, e se importasse mais uma vez. são duas e meia da manhã e não sei mais se isso é tarde pra você. vejo os papéis voando pela janela, ou o caminho de volta sendo alterado. vejo o que produz o barulho em ressoada quando a hora vira, vejo o álcool, os remédios, o muro baixo. vejo os cigarros e vejo mais garrafas, vejo lágrimas. não sinto toques no ombro, e não ouço nenhuma voz que tenta me tirar desse pesadelo. queria ver você quando acordasse e não ter que disparar a falar sem pensar porque você manteve seus planos. talvez eu tenha fugido antes de você.. talvez sua concepção nunca mude. talvez permaneça assim, e isso não é culpa do destino. não existe liberdade, não existem escolhas.. porque se eu pudesse escolher, nada estaria assim.

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