quando inclino a cabeça pra trás e a mão vêm macia de encontro ao meu cabelo, os dedos desenham algo que não consigo advinhar. como não chegam respostas, e de qualquer maneira as perguntas são irrespondíveis. te dou caminhos, e confesso que alguns corrompem a inocência. a calçada molhada a noite molha a sombra que te segue, perturbadora. é apenas um reflexo, não você mesma. me abrace e eu vou sussurrar que tudo ficará bem. não sei se você acredita, ou se ao menos eu repito demais. são assim que os dias se arrastam devagar, baseados na sua destruidora expectativa, sustentada por conclusões que rasgam a pele e culminam o chão de madeira. guardo em mim a silenciosa espera de que um dia suas lágrimas acabem se revelando como uma mera opção, como a mais completa argumentação de que viver é difícil, mas só tende a ficar mais insuportável se a gente complicar.
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