terça-feira, 9 de novembro de 2010

hear words go past me backwards

você está dormindo, ou simplesmente não quer acreditar. pegue a via errada, andando de costas. as possibilidades de cair são enormes. nada atinge o mundo, em particular, quando você fecha portas. fecha janelas, apaga todas as luzes. se pendurar no parapeito faz com que venha debaixo, os olhos vêem embaixo demais. o que está perto se distancia ao mesmo tempo em que contrasta em ilusões. a sombra montava um carro, vinha na minha direção. desapareceu quando eu olhei de novo. o pulmão sussurra devagar e o cérebro baqueia pra trás, quando já giro nos meus próprios pés. será que você acende a luz da cozinha, escala as paredes, grita meu nome? suplica. seus argumentos caem fáceis, desprendem-se de mim, traçam a rota entre nossos olhares. não importa mais, importa? pelo menos, a cabine do banheiro parece plausível agora. segura demais.

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