no final, tudo dá certo. começou a fazer frio enquanto nós trocávamos palavras e eu emendava um cigarro que findava acendendo um outro, me perdendo devagar no que você falava, sempre querendo estar mais perto. peguei a primeira blusa que vi na minha frente e vesti. o lugar começou a encher rápido demais e você sequer se movia. algo te manteve estática - não sei dizer se nosso sincronismo foi o responsável pela completa falta de reação. o sol já desaparecia por detrás dos prédios e seus olhos brilhavam, indo do menor brilho enquanto você se lamentava, ao maior enquanto você se empolgava e mergulhava de cabeça no que acontecia, em quem chegava, em quem passava e no que eu dizia, ainda que fosse bobo demais. mesmo que não estivéssemos estado ali, penso que em qualquer outra circunstância, eu não precisaria de nada mais. tudo que partia de você sempre pousou nos meus ombros da maneira mais singela e carinhosa possível. e pra mim, nem o brilho no seus olhos, nem a espontaneidade do seu sorriso me pareciam ter envelhecido ou se desgastado nenhum ano a mais.
sexta-feira, 29 de março de 2013
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