pereci palavras ao amanhecer enquanto tentava ensaiar cenas. programar céus que girem devagar. me policio pra que eu não peça demais, mas ainda sim, as coisas me dão as costas. me desatam. desapegam. sangro indiferente, de pulsos abertos no meio-fio. não estou pedindo socorro. me reservo apenas o direito de chorar as últimas lágrimas mais uma vez, ao assistir tudo o que mais me importava partir. mentiram pra mim esse tempo todo. vigio a xícara de café esfriar de manhã, estacionada no canto da mesa. tudo me escorrega pelos dedos. cansei de me sentir um cachorro. cansei de acordar de mãos vazias.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário