quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

heartbeats!

eu devo isso, não a ninguém, exceto a eu mesmo. talvez eu não consiga sequer dormir em paz essa noite se eu não me deixar levar pelo passado. ainda temos os mesmos olhos que vigiaram ruas vazias em dias intermináveis, mas deixamos pra trás a antiga forma de olhar. poupo me das lamentações, conformado com a idéia de que tudo muda. isso não nos exclue de forma alguma. tenho que ser grato por ter me tornado quem sou, mesmo que por vezes o resultado soe um pouco que desagradável, quem me ajudou a ser quem sou quando bem quis foram vocês. foram todos esses toques, esses olhares, abrimos muitas cervejas, fumamos muito cigarros, rimos de todas as desgraças alheias, sem mais, nem menos.. apenas da maneira que teve que ser. isso me ensinou a amar vocês incondicionalmente, independente de qualquer mudança. e ainda, por um bom tempo, eu não consigo me imaginar completamente feliz longe de cada um de vocês.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

terrible angels

são tempos difíceis pra quem decide sonhar. a época simplesmente não tem nada de propícia. já me adaptei a essa realidade. faltam ainda, as eliminações cruéis das únicas coisas que me destroem, ao mesmo tempo que me alimentam. não restara nada após o fim das mesmas. estou preparado para todas essas ausências que insisto em me guardar. por mais que tudo mude, eu tentarei permanecer o mesmo, aquele que sofri para me tornar. se não sou eu, pelo menos doerá menos. desisti de viver porem decido permanecer vivo. tudo isso me levará a caminhos que vou me arrepender de ter escolhido. também não vou sentir a dor do arrependimento. não vou sentir essas palavras, me livre desses olhares... a pele permanecera intocável, enquanto escondo esses sonhos por debaixo de cobertas quentes, meras memórias de dias frios.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

i was just doing what i was told

senhoras são essas noites, como damas que deitam em véus estelares. falam que faz frio demais. calo e concordo, talvez por não me sentir da mesma maneira. todos parecem por vezes mais inteiros, seus olhos transpõem vidas. me sinto completamente diferente. desaprendi como encher todos esses baldes de emoções, fiz minhas próprias escolhas. pago, sangrando, por elas. eu posso estar me sentindo morto por dentro, mas eu ainda não acabei.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

they carved it up into the world we know

estas manhãs me custaram muito. me tiraram muito, fria e cruelmente. sinto como se toda a atividade dentro de mim tenha parado. congelaram meus oceanos, esfriaram minha prudência. todo o meu eu foi gasto em violentos encontros ao asfalto. me sobraram todas esses superficiais arranhões e mínimas e profundas rachaduras. eu sinto falta de tudo que um dia me fez sorrir ao ser tocado. não espero a cura de nada disso. espero que em um milagre, todos esses universos sejam explodidos. espero que rasguem todas essas palavras. façam sangrar essas palavras sem nenhuma dose de pena. espero ficar pior. meu otimismo já foi alguma peca descartada. e talvez, com a total eliminação dessas realidades, se restar alguma luz no final, há de renascer um novo, livre de todas essas virais impregnações.

sábado, 24 de dezembro de 2011

you come home smelling tangerine

nao estou implorando nada para ninguém.

naive

talvez a solidão tenha aberto meus olhos, mesmo que erroneamente. nada disso foi ao menos notado antes. todas as nossas palavras são repostas por sorrisos sutis, fáceis. a inocência disso tudo escorre pelas mangas da camisa em que insisto dobrar. o mínimo que eu posso tirar disso tudo é a lição de que as coisas aparecem da onde menos se espera que elas possam vir. obrigado, pequena estranha e inesperada amiga, por ter me lembrado de como eu me sentia antes de ser um pouco tarde demais.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

crush down fury red

enquanto me desprendo desses desapontamentos, sinto que tudo o que um dia cheguei a sentir escoa pelos meus dedos, ameaçando ofuscar. seria ingênuo de minha parte simplesmente assumir que tudo isso algum dia fugirá de mim. sinto os choques que esse dia me faria sentir. é muito tarde pra levantar. já estou atrasado de qualquer maneira. permanecerei onde estou.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

when you conquer anxiety

as pupilas demoraram a voltar ao normal, como tudo demorou, depois da minha visita a um banheiro quente imerso numa atmosfera escura, chamada de passado. esses cultivos me retomam sem aparente razão. eu sinto falta de quando não havia nenhuma espécie de medo. ainda me sinto despedaçado. meus pulmões gritam abstinência com o passar de cada hora, mas o que realmente sente-se falta em mim está perdido nas entranhas do estranho mundo paralelo que criei. irrecuperável. eu só queria poder ter me sentido como eu mesmo mais uma vez.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

haven't had a dream in a long time

naquele segundo em que eu sabia que antes mesmo de saber o que viria de fato a ser, eu ja havia me prometido que nada realmente importaria. independente de quem fosse, ou de onde viesse, teria vindo no momento certo. e eu entregaria tudo sem ao menos olhar pra trás. entreguei todo o meu esplendor no mais remoto momento. quando as faces realmente se revelaram, um leque de imagens se abriu em minha mente. metralhando a cabeça com todas as cenas, sem nenhuma pena do que viria acontecer. me fez sorrir, mas nao da mesma forma. me fez sorrir como deixei de sorrir em muito tempo. e no remoto passar das horas, me ocorreu o simples e concluso pensamento de que valeria a pena tentar.

i am a capsule of energy

me arrasto com pernas cansadas alguns minutos após acordar. tudo parece se repetir: todos os dias. minhas palavras silenciam diante de todas as mudanças imperceptíveis. corre ar por minhas veias, embaladas por todas as brisas que compartilhamos sentados em meio a terríveis ventanias. abraçaram-nos em todos as fases anteriores. talvez isso seja um alarme. o corpo não reage nunca, por simplesmente estar atado a uma cadeira, a uma janela, a um momento, e a tantas outras coisas fortemente quebradiças. ando na linha tênue desses contrastes. há quem diga que viver sem dor não é viver. mas quando a dor da vida se mistura com a dor que é viver, a visão embaça demais e o ciclo todo se repete.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

turning point.

just get on with it †

não me coube toda essa madrugada. me escaparam alguns violentos pensamentos pela brecha da janela que insisto nao abrir. existe um mundo fora daqui, no qual você pertence. essas paredes incubam somente eu, dotado de inúmeras inexistências. tudo sempre girou dentro de pequenos espaços que insisti, ilusoriamente, em criar. talvez nada alem do que senti tenha realmente existido. essas conclusões me levam a quebrar todos esses vidros que delimitaram teus diversos aspectos. hesito, porem, ao lembrar que pequenas faíscas ainda estralam pelas minhas veias quando me permito a lembrar do que tivemos. nada disso nunca foi exato, e talvez o meu primeiro erro tenha sido ser especifico demais. eu estou deixando esses tornados que criei para trás. faço tudo para preservar a sanidade, mas por debaixo de todas essas camadas, nada desperta nenhum interesse em fazê-lo. por favor me impeça antes que seja tarde demais.

i'm dropping my anchor

pintaram meus pulsos de cores frias sem antes me consultar. as ondas nas quais me referi pouco tempo atras parecem retornar sem escrúpulos, desrespeitando tudo o que foi por você quebrado a muito tempo atras. entendo que existam coisas mais importantes a serem resolvidas. quando as portas desses trens fecharem, eu queria restar cônscio na plataforma, lúcido dos fatos de que nada voltaria atras. partem cabeças aliviadas, deixando tudo pra trás, enquanto resta a minha, impregnada de todas as poluições que tudo isso me trouxe. o sádico da historia toda foi sempre eu.

domingo, 18 de dezembro de 2011

dry and dusty

minha mente flutuante cedeu a gravidade. encontrou a realidade em duros e repentinos baques. algum prazo ja foi estabelecido para decidir? tudo ficou impar. pintaram o sol de cinza sem nenhum aviso prévio. a noção me invadiu em alguns memoráveis segundos: no exato momento em que me permiti esvaziar. vieram como socos no estômago. sinto a pele arroxeada só agora. todas essas marcas se revelam discretas quando estou sozinho. nao sei se isso precedeu o fim de qualquer coisa. mas se sim, eu mal desapeguei, mas ja sinto falta de sonhar.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

can't believe i'm leaving

quebrei todos os olhares, descartando todas as possibilidades. nada me faria mudar de idéia. chego a me perguntar se era ali onde eu pertencia. ainda sinto falta de pequenos afagos momentos antes de eu partir, e de simplórias recepções quando cheguei cedo demais. se nós não existimos, talvez eu não pertença a lugar algum, onde nada é nosso, e tudo pra mim não chega a ser mais do que eu teria. todas as expectativas seriam ignoradas, cumpridas ou não. todas essas noites me trazem todas as coisas que devo esquecer. todos os meus pensamentos estão impregnados de uma só coisa. o que eu queria de natal era ser feliz.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

i knock on your skin

tento trabalhar esses pensamentos em total isolamento. mas a mente foge do objetivo quando menos espero: transpiro o seu transpirar. se as mudanças já vieram tão bruscas tanto tempo antes, as esperanças de que dessa vez as coisas permaneçam imutáveis são quase nulas. eu sinto falta de poder vagar livremente sem qualquer lembrança de ninguém. fiquei preso a todos esses momentos. esgotei toda a minha reserva de tentativas. nada funciona. se eu cheguei a pensar que seria só mais um acontecimento, me enganei completamente. dessa vez tudo se sucedeu das mais diferentes formas, gostos, cheiros. a minha língua sente falta de arder aos gostos que você me apresentou. cada parte de mim se resguarda, totalmente perdida, em quaisquer atmosferas embaladas por quaisquer motivos que me façam sentir falta de você.

wavves

sinto falta do tempo em que tínhamos tempo, e tempo de sobra. minha memória vaga pelas lembranças de dias em que azulejos gelados guardavam inúmeros pecados e incontáveis ataques de riso. era tudo tao mais fácil.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

tell me about her



se tudo que perguntei não foi devidamente respondido, talvez tais perguntas tenham vindo sem resposta afim de traçar algum propósito. joguei todas as facas no ar esperando ser mutilado. teria sido melhor se sua bondade fosse resguardada enquanto eu implorava pela aniquilação dessas pesadas nuvens. peço que fale do futuro mais uma vez: mesmo não sabendo, o andamento desses eventos foram deixados por mim assim que decidi parar de construir planos tortos. me deixe no único lugar onde quero estar: em lugar algum. me deixe nas posições nas quais me auto-rotulo, indigno de quaisquer explicações. estou salgando essas feridas, preparando-as para um futuro próximo. não há nada que me aterrorize mais do que o pensamento de ficar sozinho mais uma vez. eu já consigo pressentir o que virá. satisfaça todas as minhas fracas vontades de ouvir exatamente o que prevejo agora enquanto sentamos numa mesa discutindo o presente cinco anos a frente de agora. talvez somente naquele momento, enquanto o café esfria, eu poderei dizer que tudo isso nunca valeu a pena.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

i miss me

desatei todos os complicados laços que selavam caixas com embrulhos em cores quentes. arruinei todas as surpresas em súbitos segundos nos quais fui somente movido pelo instinto de mim para eu mesmo. me pergunto quantas cenas seriam quebradas se fossem todas regidas por mim. mudei a direção de todas as nuvens nesse amanhecer. talvez a delicada superfície que criei escondesse um milhão de acontecimentos. isso nunca foi sobre mim. arrisco-me dizer que talvez tenha sido por todos os meus vícios, descontrolando a palma das mãos nos momentos mais inconvenientes. o quebra-cabeça do principio disso tudo ja foi montado. resta esperar quais as peças restarão no fim.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

honey or tar

as paredes descascavam tinta quando minha mente engatou em memórias que jamais aconteceram. eu só queria que estivéssemos juntos agora. atrelado a você, eu diria coisas que eu jamais disse a ninguém, e suaria com o teu suor num cômodo extremamente quente. nossa vida seria como uma musica que eu nunca cansaria de ouvir. eu chegaria do trabalho e você estaria dormindo no sofá. e combatendo todos os meus instintos, eu não te acordaria. e faria dessas noites ao seu lado amostras rotineiras de uma felicidade que sequer terei. o cafe já estaria pronto quando você acordasse, ainda me envolvendo por trás, como eu imaginei da primeira vez. você me contaria do seu dia, e eu diria que o meu não importava. como nada importaria, se tudo fosse exatamente como eu sempre quis, e como eu sempre hei de querer...

domingo, 11 de dezembro de 2011

can you hear me?

não havia absolutamente errado naquela noite amena. toda a paisagem invadiu a varanda quando me permiti tentar esquecer tudo que já me havia acontecido. a onda de tristeza recuou, sutil, deixando um pouco de espaço para a mente disparar em cores brancas, defensivas. ao ver o brilho da lua se afastando, eu simplesmente sabia que tudo retornaria minutos depois. estiquei meus pulsos contra o vento, como quem cede a inércia depois de ter sido arrastado a todos esses fins ao terminar de trilhar caminhos que foram por mim escolhidos. nada dentro de possibilidade alguma mudaria essa perda de mim. permaneço remanescendo sujeito ao ir e vir desses momentos de recuo ilusório do que transborda em mim. não existe nada aqui que realmente valha a pena lutar contra: tudo já foi estabelecido em seu devido e errado lugar.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

now's the only time i know

estranho quando o destino parece conspirar contra as suas decisões. foram todas atrasadas, lamentavelmente fortes e passageiras. tudo sempre foi uma questão de coragem (particularmente evitável desde que nasci), atrasando ponteiros de relógios cortantes. vendo por esse lado, foi tudo tristemente desperdiçado. talvez seja tarde demais. tudo me diz que sim.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

oh boy, where have i put my keys?

sinto como se um milhão de meteoros houvessem caído sob meus braços. todas essas horas foram inundadas com amostras sutis de dor, onde o acaso me faz mera vitima. talvez eu chegue a chamar isso de saudade. existem mundos de revelações por trás do meu olhar, que não foram criadas sem mais nem menos de uma hora para a outra. fazem menções honrosas a todos aqueles momentos, que ecoam cenas em minha mente quando eu a deixo vazia. sou uma grande fabrica de macetes facilitadores que serão postumamente usados por ninguém mais que eu mesmo, querendo negar a existência de tudo isso.

no-love hex

me vejo envolto entre duas ventanias distintas. uma fria brisa fraca ameaçadora alarma a chegada do verão. nossos botões já deixaram de funcionar muito tempo atrás. já não me resta duvida alguma de que tudo aquilo teve fim. dói viver de memórias à muito vazias. esses mares já me engoliram inteiro, de ponta a ponta. tive que deixa-los tranqüilos, como você uma vez pediu. já fiz tudo o que me foi orientado. olhando para trás, só queria ter te orientado da mesma maneira, preparando pulsos a se desapegarem. você tem razão, nada é como antes. e se hesitei em mentir, peco desculpas.. não posso ser arrastado por essas velhas marés como fui uma vez quando, aparentemente não se havia nada a perder.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

don't change a thing

foram essas as escolhas que eu fiz. cabe a mim lidar com todos os desenrolares, por mais difíceis que sejam.. ainda acabam sendo perpetuamente meus. verdade seja dita, nenhum caminho escolhido seria fácil. vou dormir pedindo que houvesse algum sinal repentino de que tudo isso esteja valendo a pena. porque se estiver, algo adormece por trás da fumaça, me impedindo de ao menos vê-lo. nada disso nunca foi culpa sua, então, por mais que a historia continue se estendendo em capítulos dolorosos, nunca chegue a se culpar. e enquanto a mim, mesmo que seja mais complicado dessa maneira, deve ter chego a hora de ir ao fundo disso tudo, onde o que diz respeito a mim, mesmo que não pareça, diz respeito a mim e nada mais.

domingo, 4 de dezembro de 2011

unattached

a cama chegou a se mover. ja era tarde demais quando eu me dei conta que o sol já havia sumido no horizonte. meus olhos ficaram presos ao magnetismo entre nós. minha mente não alarmou sua chegada. talvez tenha sido porque você realmente não chegou. e eu esperei, eu esperei demais. esperei por algo que nunca vai acontecer, e só dói agora, só dói a noite, quando as feridas presas na memória começam a arder, me prevenindo de outra noite de sonhos cruéis. você pode não saber, mas por mais que machuque agora, o dia todo foi a respeito de você.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

scars

queria poder ter experimentado essa sensação por mais tempo. esta na hora de deixa-la para trás, tao cedo, tao doce, tao perigosa.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

dreaming seamless dreams

se eu pudesse pedir qualquer coisa agora, pediria o esquecimento. esquecimento de memórias que rasgam a sanidade com facas afiadas, transbordando tudo o que mantive envolto em grossas camadas, para que a presença nunca fosse notada. por ora, estive morto por dentro. estou completamente pasmo de como inacreditáveis segundos arruinariam pequenas felicidades, afundando-as em distancias. fui atingido por tiros de incapacidade, sangrando todo o meu zelo. nenhum raio de sol vai irradiar em minhas atmosferas, totalmente infectadas por noites em que sequer haviam estrelas. e se haviam, estavam apenas cobertas pela eterna e turva camada de mentes frágeis como a minha.