e os que cercam em neblinas errôneas me embaçam. embaçam meu eu em você, abaixam os olhos escuros procurando chão, procurando apoio. por outro lado, me banho em desespero. paraliza a circulação das veias subitamente. já não é mais possível ver o que espreita atrás. a garganta sofrida parece forte - mas longe do suficiente de juntar as letras, chamando você. faz calor lá fora, mas aqui faz frio demais. e todo vento gelado na janela trás pra mim a lembrança do que me falta. não são cigarros, nem amor, pílulas ou alcóol. o que me falta talvez seja totalmente abstrato e indescritível. e tudo impregna pela pele, onde o sol deita quente em dias vazios, traduzindo nos movimentos dos dedos que batem contra o vento, a sensação da vida incerta demais.
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