sábado, 4 de dezembro de 2010

and you, you keep holding on to my lonely parts

cercado por metralhadoras, espreitado por perigosos olhos. fechar os olhos e adormecer em poucos segundos. parece fácil esquecer todas as interrupções, todas as intervenções da realidade. todas as palavras, cenas, toques, cheiros. parece fácil esquecer os pulmões. talvez seja aí que seus braços me apanham devagar, durante a minha inconsciência. isso não é nenhuma mentira. talvez soe como ilusão, mas afinal, que mal tem? olhar no espelho de madrugada e afogar quando a cabeça cai pra trás. na luz amarela, dando tons ao ambiente desolador, sozinho, vazio. por vezes eu grito pra me certificar de que não perdi a sanidade novamente. pra me certificar de que não faz eco. pra te lembrar da urgência da sua presença me arrastando pra longe, em beijos doces, longos, quietos, certos, frios, macios. em lábios intocáveis. envoltos na mais completa atmosfera onde tudo leva a exaustão, aproveitar enquanto você não tem que partir... outra vez.

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