terça-feira, 14 de setembro de 2010

V-2 Schneider

a corrente que eu deixei por todo esse tempo me levar, parece me arrastar pra baixo da antiga colina que eu chamava de você. eu deixo você pra trás enquanto caio, respirando novos ares. não vou querer olhar pra trás, a ferida vai rasgar fundo quando eu finalmente parar de cair. os olhos olham diferentes, o que prezei por tanto tempo, esvaeceu sem mais nem menos, explodiu de exaustão.
eu abro os olhos e a casa é errada, por alguns segundos. fico olhando pro teto, tentando me adaptar ao meio. e então, as coisas passam sem mais nem menos, me remetendo de que aqui é o único lugar que eu deveria estar agora. um pouco longe do passado, um pouco longe de tudo antes de explodir.

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