são engraçadas as reviravoltas da vida que se revelam a cada passo que dou. elas se apresentam, ridículas, e se desenrolam sem fundamento algum. eu começo a rir de tudo, e o mundo começa a me parecer patético. as coisas passam a se configurarem como inúteis - desde as duas bolsas de dramin até o sorriso amarelo que tenta me cativar com pequenas mentiras todas as manhãs. eu não nasci pra ser idiota. as coisas não me descem simplesmente por serem o que são, por irem e virem, por serem dez e não vinte. por trás de tudo há uma mínima explicação. perdi a conta de quantas vezes tive que esbarrar com o cinismo e a ignorância ao tentar esboçar o princípio das coisas nesses últimos dois dias. quanto mais conheço as pessoas, mais cresce em mim a vontade de ficar no meu quarto. mas já que não me resta essa opção, me sobra apenas o jogo que faço: saio rindo, de manhã até a noite, pra me pacificar e me proteger de tudo o que tenta me derrubar. a risada acaba servindo também, como a expressão máxima da pena em que sinto pelas pessoas que tentam ditar as regras da vida da mesma forma em que elas mesmas se apresentam: sem sentido, desprezíveis e totalmente lesas.
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