senti algo envolto de mim por trás, um braço que apoiou no meu ombro e segurou minha mão vazia, enquanto os dedos da esquerda ocupavam meu costumeiro cigarro de fim de noite. mesmo que não tenha sido de qualquer outra forma, meus dedos entrelaçaram como o final resultado de um grande desastre. talvez essa sensação de incrível desespero em ter que decidir continuar ou não respirando e de dar um passo ou não nesses profundos penhascos não volte tão cedo. mesmo em tanto perigo, nunca me senti tão bem. meus amigos dizem que estou delirando. agora não me sinto mal por não ter tudo o que quero, porque pelo menos, eu tenho um pouco. e sobrevivo com pouco, porque hesito ao pedir qualquer coisa além disso. e a respeito de todos esses anseios, talvez qualquer futura tempestade acabe arrastando-os pra qualquer lugar além daqui.
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