quinta-feira, 11 de agosto de 2011

shadows

isso não é pra ser profundo. mas minhas mãos estão sujas de sangue seco. passei elas sobre os meu joelho esquerdo, cortado. não resta mais tempo pra mim. me afundei em protocolos, burocracias, demandas, esperas. meu machucado se torna juntamente comigo uma espécime de problema menos urgente, menos importante. daqueles que a gente adia sem ao menos repensar. beijo filtros de cigarro, beijo o chão, guardo as mãos geladas no bolso até que chegue a hora de usá-las. não tarda. o mais irritante disso tudo é eu tentar achar a importância em mim. ela parece se esconder por entre sombras, fazendo jogos psicológicos insuportáveis. ao cansar de procurá-la, fico no mesmo ideal: deixar os machucados pra depois. sempre pra depois.

Nenhum comentário:

Postar um comentário