sábado, 10 de março de 2012

kyoto gardens

e após cada resgate ilusório, jogo a cabeça para trás e fecho os olhos, tentando esquecer. tento esquecer que isso de fato existe, de você hesitando junto ao repousar seus olhos no porta-retrato. das noites incessantes enquanto vigio seu sono de longe. posso estar ai agora e simplesmente estar imaginando que estou aqui escrevendo sobre você. qualquer realidade fingida foi uma vez real. me disseram que o universo era um oceano vazio. eu consigo entender isso agora. mal posso esperar pra triturar meu braço junto a parede, pintando a textura com o sangue dessas feridas que vou criar. tragam-me esses furacões — eu estou pronto.

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