as luzes turvas pareciam ser tudo, menos ameaçadoras. tocavam as curvas suavemente, tingindo a pele de amarelo nos pontos mais altos, resguardando as sombras para quando se ria, de cima para baixo. assustadoramente compreensíveis, dotadas de uma lógica racional, fácil. quebravam as aberturas na janela, momentos antes de dormir. os corpos dormiam, os braços dormiam da ponta dos dedos até o começo do ombro, mas os olhos não dormiram. a mente não dormiu. girava demais. suave, se escondia no silêncio, assustada, frágil. a preservei até adormecer totalmente, após o sorriso leve, inocente. a sutileza do caos fechou meus olhos com seus dedos frios, e adormeci, até o amanhecer nublado.
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