encharquei a linha amarela que separa o trem da plataforma com lágrimas. elas despontaram quando eu acabava de cruzar a avenida, e me acompanharam por minutos a fio, desaparecendo assim que a primeira figura conhecida apareceu no cenário, me pedindo pra respirar e afagando meu cabelo devagar. aquietei a mente e deixei os olhos à espreita, sentindo o espreguiçar de todas as minhas veias. a ânsia provocada pela conclusão de que todos os caminhos que me obriguei a tomar tenham se tornado nefastos pesadelos quase me empurrou em queda livre do décimo terceiro andar. mas talvez ainda exista um porquê. olhando pelo outro lado, inúmeras vozes silenciaram hoje. entre elas, notavelmente a do meu desespero foi a que nunca mais disse nada. por ora, todas as perguntas que eu ainda tinha pra fazer já foram respondidas. silencio em mim. logo logo o chão da plataforma estará livre de mim também.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário