quantas mais noites eu vou me afundar lentamente na área, no banco detrás da van? quantas vezes vou ter que repetir a mim mesmo a mesma frase, em silêncio? permaneço em silêncio. permaneço vazio. passou da hora de plantar o que faltava dentro de mim. escureceu, ficou tarde demais. não há mais lugar nenhum pra correr. esse é o fim da estrada, a beira da grande queda, são meus pés que se aproximam devagar. não há mais lados, não existem mais escolhas. esse é o fim de mim, o limite de quem eu sou. meu corpo já parece poeira rodopiando devagar, sem nada, sem nada mais. não existem mais vistas, nada existe mais. toques não são mais reais, as costas se inclinam pra trás e não há mais nada que me tire daqui agora.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário