domingo, 27 de junho de 2010

dream


sabia que eu tava atrasado. devia ser 5 e meia da tarde, já tava começando a ficar escuro. saí de casa, não pra escola. saí desarrumado, sem uniforme, sem compromisso. saí correndo. cada passo, cada baque do meu tênis no chão era memórias que me cercavam como poeira por alguns segundos até eu atravessá-las. lembro de poucas, ouço gritos e um copo levantando, sei que haviam mais. porém, não lembro.
na avenida no poso falho da esquina, do outro lado da rua, deitei na calçada, mas dava pra ver o teto branco do posto me cobrindo parcialmente. sem distância. o ali aqui, agora.
as nuvens fechavam a cara, cinzas. diluidas no por dô sol que servia como plano de fundo atrás.
uma gota. duas gotas. três. quatro. várias.
levantei o capuz e sai correndo pra casa.

Listen to the silence, let it ring on. eyes, dark grey lenses frightened of the sun.
We would have a fine time living in the night, left to blind destruction, waiting for our sight. Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio.
Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio.
Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio.
Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio.

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