domingo, 30 de maio de 2010

we are the arabian knights

fomos fadados a essa realidade. a vida nos preparou pra essa batalha psicológica com nós mesmos e contra nossos inimigos naturais. andamos juntos, com o mesmo destino e com a mesma meta - sobreviver até chegar ao outro lado do túnel. no meio do caminho as vozes mudam, as pessoas mudam de lado, mas nós permanecemos firmes na batalha das nossas vidas. amigos, é inevitável. o resto do caminho ainda reserva milhares de surpresas. preparem os escudos, afiem as lanças - o jogo ainda não acabou.

sábado, 29 de maio de 2010

hard times

eu sinto toda a paz que o vento traz, o cheiro das árvores. absorvo tudo. mas dentro de mim vive a verdade. vive a minha preocupação sem fim, de nunca saber aonde a vida está nos levando. se o fim está próximo, ou não. toda essa incerteza, e todo esse caos da nossa vida que nos cerca tem uma parcela de culpa nesse meu desespero, que briga num contraste infinito com a paz que eu tento manter. talvez eu nunca saiba quem saiu ganhando, ou talvez, já exista um vencedor.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

stop me if you think you've heard this one before

atualmente, a fúria da troca de balas entre realidades dentro de mim me confundem o tempo inteiro. o que restará depois da morte de algumas certezas? não se sabe.
talvez isso tudo só veio a tona agbora, mas nada descarta a possibilidade disto estar acontecendo a tempos.. e nada me informou até o presente momento. tenho em meus ombros dois extremos, e em minha frente dois caminhos: o fácil e o desconhecido. agora é só decidir por qual caminhar.. mesmo não estando em condições de fazer nenhuma decisão desse porte. se eu pudesse pedir, pediria que eu dormisse e quando acordasse, estaria livre pra ir e vir quando bem achar melhor.

terça-feira, 25 de maio de 2010

typical me typical me

comecei algo, e agora não tenho certeza. eu te forcei à uma zona que você nunca esteve destinado a ir. #nowplaying the smiths, I started something I couldn't finish

how quickly the glamor fades

joguei todas as minhas crenças e receios pra trás- simplesmente não suportava mais ser impedido por eles, e os dados começaram a rodar. não era uma questão de sorte propriamente dita, mas mesmo assim tudo parecia estar submetido ao acaso. e tudo o que eu esperava que acontecer mostrou-se mais uma previsão errada. minhas expectativas negativistas e o medo foram todos espantados no momento em que você disse que estava tudo bem, não importavam as circunstâncias, detalhes. sinto que de costas mergulhei de braços abertos num lago clareado pelo sol. sem medo. porque tudo parece estar certo, sinto como se tudo estivesse em seu devido lugar - que não é o modo que esperavamos, mas é somente o jeito que as coisas são. obrigado

sábado, 22 de maio de 2010

dashing against darkness

de manhã, levanto os olhos calmamente envolvidos no sereno que invade me quarto e luto pela consciência. coloco o melhor par de calças, a melhor camiseta. olho no espelho e me conformo com o que vejo. aceito todas as expectativas matinais de um dia bom sem considerar as possibilidades. as esperanças de um dia melhor simplesmente me invadem e eu não reluto. talvez, depois de ver que tudo deu errado hoje, eu possa ter considerado em ter revisto o que fiz, e tirar essa conclusão agora. talvez, se de algum modo eu pudesse me fechar pra nada disso me corroer.. de alguma maneira. quando a garganta parece seca e o sonho parece recorrente, é aí que eu engulo as pequenas faíscas de luz que me afastam das possibilidades de encontrar a dor novamente.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010

do not know

não sei ao certo se sei o que dizer.. não se sabe, não se procura - o saber simplesmente brota sem nenhuma razão aparente, mas se faz ausente agora, quando mais preciso dele. talvez essa indefinição, essa falta de adjetivos tenha um motivo aparente. talvez nunca definir nossa história seja o desfecho que foi sempre previsto pra acontecer.
desisto, entrego-me, incompleto viro-te minhas costas e ando, quase que corro, pra longe de você. você suga de mim o que eu não tenho pra te oferecer.

03:44 dream

são as macas. são as camas. poltronas. vazias. tudo isso me mergulha e me faz emergir como que automaticamente, sou eu dizendo pra mim mesmo a verdade, mas enterrando tudo que eu sei na minha inconsciência, me previnindo de me machucar outra vez.
a ausência nunca pareceu tão dominadora. as laterais dos meus olhos começam a embaçar, e eu cedo, mergulhando no sono e procurando esquecer o que eu me obriguei a esquecer a muito tempo atrás. o cheiro de vida, o cheiro de morte.

terça-feira, 18 de maio de 2010

quem vai colar os tais caquinhos do velho mundo?

seria irracional continuar afirmando que nada fez sentido, que você não significou nada - diminuir sua importância desse jeito é só um jeito de doer menos e cobrir o seu grande significado em minha vida. conheço todas as minhas mentiras a respeito de você, e repiti-las pra eu mesmo ouvir parece o único jeito de me convencer de que pegamos estradas diferentes na vida.. e talvez se eu pudesse voltar naqueles poucos segundos em que nos encontramos, teria feito tudo diferente. teria agido com indiferença, pra não deixar você impregnar em mim - ou talvez, teria tentado te convencer de que você era a pessoa certa pra mim. não me culpo por você ter ido embora, só lamento que você tenha insistido em me deixar pra trás e seguir com seu grande ego - com seus grandes amigos, com suas grandes conquistas, com seu grande mundo.. que fez você se tornar mil vezes menor pra mim. ás vezes as pessoas mudam pra pior, e isso é algo com que eu tenho que me acostumar, talvez.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

let me go first

eu sinto que não estou pronto pra nada do que está por vir, e em meio a toda essa confusão, como podemos distinguir nossas vidas de hoje da nossa vida de amanhã? sinto que tudo se mistura numa solução que vejo de longe, monocromática. um copo na pia.
como posso reagir de frente a tudo isso se desconheço meus limites? como posso, se nunca alcancei o limite da dor, propriamente dito? tudo o que eu senti até hoje foi uma prévia, uma preparação, feita por alguém que está por trás da harmonia que liga as horas do dia.
seria assustador ultrapassar a fronteira que me limitei a sentir. não sei se chegar do outro lado eu estaria vivo.
limite-se a dizer o que eu preciso ouvir para concluir isso tudo, pra tomar uma decisão e não ter que cair de dor num futuro desconhecido. deixo em suas mãos mais uma vez.. e espero que você desista de tudo isso.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

metade


Eu perco o chão, eu não acho as palavras.. Eu ando tão triste, eu ando pela sala. Eu perco a hora,
eu chego no fim. Eu deixo a porta aberta, eu não moro mais em mim...

Eu perco as chaves de casa, eu perco o freio.Estou em milhares de cacos, eu estou ao meio.

Onde será.. que você está agora?

adriana calcanhoto

sábado, 8 de maio de 2010

how can it feel this wrong?

saturday morning storm

não importava mais qual era o meu destino, de certo eu pararia em algum lugar. comecei a sentir o frio dos pingos da água encontrando o meu ombro e, de alguma forma eu parecia completo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

I might give up

a pior sensação que a vida vêm me proporcionando ultimamente é o soco no estômago que eu sinto cada vez que você vira as costas e tem que ir embora. segundos depois, eu já sinto sua falta consumindo cada estágio do meu ser. tudo isso soa tão romântico, mas se eu pensar bem, soa ao mesmo tempo aterrorizante, justamente por ter transformado minha vida em uma sala de espera. cada canto dominado pela paranóia, pela ansiosidade de te ver chegar em algum momento.
em meio a tudo isso, me pergunto porque eu te espero. porque quando você chega, a felicidade de te ter aqui se mistura com a dor de saber que você não pertence a mim e é acentuada pela certeza de que você terá que ir embora.
amar é doentio. te amar, particularmente, faz de tudo isso mais assustador ainda.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

something's about to happen

venho através dessas palavras pedir desculpa a nossa história. penso em tudo o que aconteceu e agora, no fim, posso ver que tudo sempre esteve conectado.. e não adiantava nada a minha resistência.. todos os caminhos me levariam a esse fim. te amar foi apenas uma armadilha.. não minha culpa. porque se eu pudesse escolher, certamente escolheria não passar por tudo isso pra não te ter pra mim. algum dia talvez, tudo isso - eu, você - faça sentido.. talvez quando isso passar a ser parte do passado. mas agora, entrego-me a dor inevitável que meu destino reservava pra mim, sem hesitar.. esperando que um dia tudo se resuma a mais do que nós dois.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

three

as coisas quebraram em duas ou três partes de tempos pra cá. são ocasionais as reuniões que antes eram costumeiras, as palavras soam diferentes - todas as nossas piadas são velhas, ignoramos tudo que deixamos pra trás e simplesmente deixamos o mundo seguir rodando e o destino guiando nossa história a partir do descaso, do descomprometimento. não sei definir se isso é bom ou ruim, até porque nunca deixaram decisões na minha mão. acho que foi porque me julgaram como irracional.
mas a verdade é que a minha capacidade de julgamento das realidades vai muito além das fronteiras que limitaram-se.. tudo o que vivemos, tudo o que pensamos desabam nos meus pensamentos, e isso me faz envolver todas as lembranças, todas as mudanças - levo em conta todo o nosso amor antes de fazer uma decisão como essa.
então, talvez seja melhor mesmo que afastem todas essas decisões interminadas de mim.. porque eu não estou certo da minha condição, então tudo isso pode ser perigoso.
lembrar pode ser perigoso. porque dói demais saber que tudo mudou.

domingo, 2 de maio de 2010

mecanismo de defesa

de noite, eu viro pro lado e penso em você. penso que você está aqui. qualquer mero ruídose transforma na sua voz - qualquer sombra, reflexo, silhueta projetado contra a parede do meu quarto, toma suas feições. com minha mente beirando a inconsciência fica mais fácil acreditar em toda essa ilusão proposital.
não faço isso porque sou louco, ou porque sou solitário. faço isso porque acreditar por alguns segundos que você esteve comigo em todas essas noites, dispara o sangue em minhas veias. saber que você está aqui é muito mais confortante do que qualquer outra coisa em minha vida, pelo menos por ora. é meu mecanismo de defesa contra tudo o que deu errado entre nós - é o resquício de esperança que mantêm vivo meu amor.

horizonte

ontem, eu comecei a descer a rua de bicicleta.. o vento contra mim, como de costume. abaixava a cabeça pra proteger o meu olho, e soltei os braços - deixando tudo aquilo me levar, pra trás, me entregando ao acaso de um modo incomum. em poucos segundos, eu fiquei sujeito à um infinito de possibilidades: eu poderia cair, um carro poderia surgir de uma garagem e bater, ou o nada - o eterno desconhecido. deixei os céus me guiarem - o destino exposto, em alguns instantes da minha vida.
quando eu voltei a realidade, não hesitei em decidir de tentar prolongar todo aquele sentimento de liberdade e fiz o que eu sempre quis fazer: andar sem destino, sem escalas, sem compromissos - sugando o máximo que posso de tudo que eu vi.
por um segundo, poderia jurar que tinha a resposta pra tudo. pro nosso amor, pra minha vida.
mas ela voou com o vento que batia forte contra mim, sempre - infinita, perdida. esperando algum dia ser encontrada.

sábado, 1 de maio de 2010

giving up on this would be such a good start

você não me deixa opções. é como se estivessemos fadados a um amor caldo - mudo, devido a ação de uma força maior. só queria ter certeza de que o que eu falo seja a mais plena verdade sobre nós dois, e se não for, pelo menos os motivos me soam coerentes - fáceis.. que por acaso é o modo que procuramos de enfrentar as coisas. mas sinto que o tempo, e seus preciosos minutos, passam. escorregam pelos meus dedos como areia - e fazem a cada minuto que passa, a morte se aproximar.
e a única coisa que eu tenho medo é de morrer consciente de que podíamos ter vivido tanto juntos, nos amado tanto - mas ao contrário disso, optamos por ficar de braços cruzados, um de frente ao outro, numa sala fria, tentando enganar o destino.