(image via softcore)não tenho certeza se foi a minha falta de organização que me levou a perder algumas coisas de vista. algumas vozes, alguns dizeres.. e não podia ser diferente: você sempre está no meio de tudo que eu perco regularmente. nunca sei quando a situação muda, se agrava ou é simplificada, porque tudo quando se repete parece-me tão igual. a linah na rua dividindo as casas, feita de giz branco, impondo barreiras - limites. eu perdi. a apaguei, mas foi sem querer - da mesma forma que você joga os resíduos que pareceram durar tanto, pela janela, pelo último andar. e o barulho da porcelana se rachando nunca parece diferente, por mais poético que seja ver grãos e mais grãos da pureza não mais tão pura. e na minha bolsa, eu já perdi tudo, a memória dos dias - da lembrança. perdi a localização do ombro, a localização de você.
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