estou cortando os limites e silenciando todas as tentativas de me fazer repensar. por mais desprezível que possa parecer, eu já consolidei todos os meus mundos e todos os meus modos. mas eu já calejo, cansado demais. meus olhos se perdem na imensidão do vermelho que forra a mesa de sinuca. minhas preocupações alternam no mesmo ritmo em que meus amigos alternam as posições de tacada. meus momentos epifânicos nascem e morrem nos nanosegundos em que as cores se encontram e se espalham pelo plano vermelho-sangue. as cenas hipotéticas pipocam na minha cabeça, mas eu não tenho coragem para persegui-las. e eu chego sempre a mesma conclusão: têm noites em que eu só quero ir embora e largar tudo pra trás.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
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