o que me restaram foram peças. o ano todo resolveu quebrar nas minhas mãos logo agora e possuo apenas os restos aos quais estou atado - em sua maioria lembranças ou vontades vagas, porém poderosas. as balas me atingiram através de pequenas coincidências e acontecimentos inoportunos. minha cama está cheia de sangue e eu simplesmente não consigo levantar. não quero olhar pra trás. não quero olhar pra fora. na verdade, não quero olhar pra lugar algum. sinto que meus braços tornaram-se pedras e talvez essa estranha mutação esteja se espalhando pelo que resta de mim. eu não tenho nenhum agente facilitador pra me levar a qualquer coisa que almejo, e a pouca base que tenho se ausenta da culpa caso tudo volte a dar errado. e vivo assim, sentindo que a realidade gira em círculos ridículos onde o sentido das coisas vai sempre para o pior. meus dentes machucam e minha raiva me faz pensar que por vezes seria uma alternativa viável explodir. e que eu exploda com os fogos que anunciam 2013 - pra talvez começar o ano livre da pessoa que eu costumava ser.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário