quinta-feira, 29 de setembro de 2011

plastic beach

seria mentira se eu dissesse que as paisagens seriam diferentes de um dia para o outro. sao os mesmos ventos que sopram em nossas janelas, sao as mesmas luzes que amenizam a noite.. onde fica a esperança no meio de toda essa mesmice? dias mais claros, noites mais quentes.. nada disso realmente existe. nao ha mais nenhum cosmos. os fatos nao tem nada de aleatórios, mas sim de viciosos, seqüenciais.. nada escapa de ser submetido a uma questão de tempo.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

lady stardust sang his songs

riram sem se quer olharem para o espetaculo. eu estava bem, me segurando aos restos que me mantinham sendo o que sou. ainda sim, as luzes ofuscavam o que eu costumava acreditar, trazendo novos reflexos de esperança mais adiante. estavam perdidos na íris que tomava conta do meu rosto. e naquela explosão de cores, eram as maos amigas que me impediam de cair onde uma vez cai.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

kate

me ande por mil horizontes onde possamos dormir junto a relva. me dê sorrisos esfumaçados, poluídos de uma ingenuidade simplória, acompanhados de olhos que reflitam os meus. e mude a cena com suas estáticas mãos. saberíamos o que iríamos falar antes mesmo de ser dito. seriamos um copo com a superfície prestes a transbordar. e quando a calmaria fugisse, provavelmente acordaria de manhã com meus braços envolvendo o nada. e eu esperaria. esperaria ontem, amanhã. esperaria por algo que sequer existiu, e se existiu, foi intenso demais pra se lembrar. mas minha mente espera, sem eu mesmo saber o que.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

a lot of love a lot of blood

às vezes sinto como se as coisas fossem mais simples por alguns segundos antes lembrar de frases macabras, cruéis. vivo por esses segundos aleatórios. na esperança de que aconteçam com mais frequência. na eterna esperança de que dominem todo o resto que eu costumo chamar de vida.