sábado, 19 de fevereiro de 2011

nothing is static. everything is falling apart.

eu não posso me lembrar. mas isso não faz os fatos menos verdadeiros, só os fazem estar longe de chegar. chegarão, um dia, eu espero. não sou eu a máquina impulsora disso tudo agora, não dessa vez. os fogos só não explodiram ainda, só me pergunto o que traz esse cheiro de pólvora. ninguém mais consegue pressentir as luzes de uma cidade toda feita delas. algumas coisas ainda estão embaçadas na mente, entrando em ebulição. não sou eu que vou me afogar em todas essas memórias, não sou eu que vou buscar o que perderam no fundo desse oceano de mágoas. eu não faço parte desse ciclo agora. só assisto pernoitando de longe, sem toques, falas, ou desavenças.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

it's always you and me

além de você, poucas coisas importam agora. posso sentir o encher e o esvaziar dos pulmões normalizados depois de tanto tempo. o tempo não foi cruel, de maneira alguma. nada tirou o que era nosso, das nossas mãos. e quando eu te seguro nos meus braços, doa a quem doer, eu me sinto completo. porque nunca houve ninguém, nunca houve ninguém pra mim como você. eu te amo, e não tenho medo nenhum de dizer.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

is this the start of it all

quantas mais noites eu vou me afundar lentamente na área, no banco detrás da van? quantas vezes vou ter que repetir a mim mesmo a mesma frase, em silêncio? permaneço em silêncio. permaneço vazio. passou da hora de plantar o que faltava dentro de mim. escureceu, ficou tarde demais. não há mais lugar nenhum pra correr. esse é o fim da estrada, a beira da grande queda, são meus pés que se aproximam devagar. não há mais lados, não existem mais escolhas. esse é o fim de mim, o limite de quem eu sou. meu corpo já parece poeira rodopiando devagar, sem nada, sem nada mais. não existem mais vistas, nada existe mais. toques não são mais reais, as costas se inclinam pra trás e não há mais nada que me tire daqui agora.