domingo, 29 de maio de 2011

fighter plane

rasgue céus da minha vida da maneira mais improvável, insegura. quebre tudo o que quiser, faça disso uma aventura. que eu ilumine essas noites. contanto que nos encontremos no fim, nada nunca irá me preocupar.

sábado, 28 de maio de 2011

and all the towns we built

são tiros gélidos, porém amáveis. são todas essas mãos atreladas, por tempo indeterminado. desapareço em mim pra ressurgir em tudo que me cerca. me deixo, me contrario, me odeio. ninguém me ouve aqui sozinho. nada faz disso terrível. pelo contrário, nossos corpos balançariam com o vento em encontro um ao outro sem nenhum esforço ou arrependimento. tudo flui de forma natural, como as coisas acontecem. naturalmente, assustadoramente natural. surpreendentemente incerto, porém, da maneira mais sutil que já existiu.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

revolving doors

estou estranhamente feliz. aprendi a não ligar pra nenhuma dessas merdas que continuam acontecendo, porque de verdade, tudo isso um dia me machucou demais. são águas passadas por ventanias frias demais. pode soar egoísta.. mas dessa vez sou eu e mais ninguém. quem quiser se juntar a mim e ir embora depois, sintam-se livres. eu não vou ficar me apegando a nada que não dependa de mim dessa vez. essas portas giram num ritmo frenético. e o tempo passa, e o que é pra perdurar, perdura. independente de horas, de toques, de palavras, de mim. não vou forçar resultados. veremos como me saio dessa vez.

domingo, 15 de maio de 2011

but all is lost if it's never heard

essas horas se arrastam, sem sentido, repetitivas. esperando algo chegar, mesmo sabendo que a porta não vai abrir tão cedo. o telefone não vai tocar, não vou receber nenhuma mensagem. aqui dentro é tudo quieto demais. assustadoramente silencioso. quente, beira a doença. as janelas estão fechadas. não vou abri-las. vou ficar aqui esperando que a vida me traga algo, qualquer coisa digna de se sair de tudo isso.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

dry

meus dedos estão cruzados, a mão debate contra o vento. no ponto mais alto, mais verde, mais antigo. o mundo está tão dividido. não há estrelas além de mim, apenas uma luz que ofusca as árvores ao seu redor. faz frio demais hoje, talvez chova. a tela fria não guarda nenhuma surpresa. talvez eu esteja paralizado no tempo, vivendo todas as inconstâncias, antes de começar a viver. os pés se revezam erroneamente, não sei para onde vou, ou ao menos se vou. talvez eu fique aqui, encoberto de nuvens, mudo por medo de quebrar o silêncio. passam alguns carros, passam algumas pessoas, jogam-se algumas palavras. finjo, mas não vejo, sequer ouço. estou cansado demais.. cansado demais de mim.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

love was always cruel

sou eu, impossível. errado, impulsivo, egocêntrico: verme. meu coração derreteu nas minhas próprias mãos improváveis, quentes, destruidoras. pensei que algum dia isso pudesse mudar, que eu pudesse mudar, que eu merecesse tudo que chegasse, inconstante, de repente. foi muito pra mim, foi muito em pouco tempo. foram tiros dados por mim mesmo no próprio peito. ando sozinho mais uma vez, mãos geladas, olhos vazios. é melhor assim, foi melhor escolher assim. talvez, o que era tão fácil no cair da noite, de manhã não existia mais.

domingo, 1 de maio de 2011

so come on

meu mundo fecha da mesma maneira que as nuvens fecham: de repente. o sol não vem me salvar hoje. peço perdão para eu mesmo. nada mais faz sentido na maneira que fazia antes.